Saúde Criança

O que fazer com a criança febril?

O que fazer com a criança com febre

Febre é definida como a temperatura corporal acima de 37,8º, e quando presente indica uma resposta normal do corpo a um infecção, que pode ser causada por bactérias ou vírus, mais comumente. Apesar de ser um sinal muito comum nas crianças e na maioria das vezes ser devida a uma doença leve e benigna, o aumento da temperatura pode deixar os menores prostrados (mais quietos que o habitual) o que deixa os pais muito aflitos. A ideia deste artigo é a de orientar os pais a identificar os principais sinais de alarme que podem ser percebidos em casa para saber o que fazer diante da criança com febre, assim como o momento certo de procurar ajuda médica.

O grande receio dos pais e familiares é o de a febre ser por causa de alguma doença mais grave ou menos habitual. Apesar deste receio ser totalmente justificável, afinal, é o seu bem mais precioso, a maioria das causas de febre nas crianças é devido a uma infecção viral auto-limitada (com tempo certo para acabar), principalmente a gripe, resfriados e infecções respiratórias superiores. 

Para saber o que fazer diante de uma criança com febre, primeiro devemos definir de qual faixa etária estamos falando, e aqui vai um ponto muito importante: 

  • Bebês abaixo de 3 meses com febre sempre deve ser examinado por algum profissional médico.

Dito isto, aqui vai a lista de sinais de alerta e características que você cuidador pode identificar em casa quando sua criança estiver com quadro de febre:

1. Quando a febre surgir sem qualquer outro sintoma e durar por 48h.

Esta situação é um sinal de alerta e a criança precisa ser examinada por algum médico afim de descartar qualquer sinal de infecção bacteriana que necessite do uso de antibióticos, por exemplo. Apesar de ser um sinal importante, na maioria das vezes a febre precede (surge antes) outros sintomas de uma infecção viral, no caso as gripes e resfriados.

2. Quando a febre já se apresenta inicialmente com altas temperaturas (entre 38,5º e 40º). 

Apesar de uma gripe ou resfriado poder se apresentar com febres altas, não é o mais comum, sendo que geralmente a febre mais alta pode indicar infecções bacterianas como faringoamigdalites (garganta), otites (ouvido), dengue, entre outras.

3. Quando a criança inicia com um sintomas gripais, sem febre, e após 3 – 4 dias inicia com febre, principalmente se associado a tosse com secreção.

Toda infecção viral (gripes e resfriados) pode servir como uma facilitação para o desenvolvimento de infecções bacterianas, como as pneumonias,  sendo que a febre de apresentação tardia (após alguns dias de sintomas gripais) pode sinalizar este evento. 

4. Quando a criança inicia com sintomas gripais e febre sendo que, após 3 – 4 dias a febre muda de característica, atingindo temperaturas mais altas.

Vide explicação do tópico anterior.

5. Quando a criança mesmo nos intervalos sem febre se apresente menos ativa e sonolenta.

A queda do estado geral, mesmo na criança já medicada e sem febre é um sinal de alarme importante de que seu filho necessita de uma avaliação médica. 

6. Quando o bebê lactante (em amamentação exclusiva) para de mamar ou diminui muito as mamadas.

Os bebês tem menos formas de expressar a sua queda de estado geral, sendo a diminuição das mamadas e sonolência excessiva algumas das principais.

Se identificar qualquer um destes sinais, ou ainda se ficar inseguro diante da piora do quadro, você deve procurar ajuda médica. Este artigo não substitui de forma alguma uma avaliação e conduta médicas, na dúvida, consulte um médico.

Uma última informação importante: A melhor forma de diminuir a temperatura de uma criança com febre é através de medicações antitérmicas, quando indicadas. Evite banhos gelados ou quaisquer outros métodos físicos de controle de temperatura, pois apesar de ser uma crença popular, estas medidas são contraindicadas.

Espero que essas informações possa ajudar você leitor a tomar as melhores decisões diante de uma criança com febre, como agir em situação com esta, e principalmente não deixar passar esses sinais de alarme despercebidos. 

Se este artigo de alguma forma te ajudou, deixe nos comentários, isso me ajuda e motiva a continuar escrevendo sobre os diversos problemas de saúde que os pequenos enfrentam e como os pais podem agir. Sugerimos a leitura no nosso post sobre os sinais de alarme na criança com diarreia. Boa leitura! 

 

Principais Referências Utilizadas:

Sociedade Brasileira de Pediatria 

UpTodate 

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